Conheça Valletta, a capital de Malta

Pra mim não tem muito segredo: chegar num lugar novo e diferente é sempre a sensação mais legal que se tem numa viagem. E aí não importa o que eu vá achar desse lugar depois de alguns dias: a primeira impressão sobre qualquer destino me deixa incrivelmente entusiasmado.

Chegar em Malta - para participar do projeto Blog Island - foi especialmente divertido pra mim. Isso porque foi o sexto país europeu que visitei no ano e quando você vai conhecendo a maioria dos países da Europa, percebe que boa parte deles têm muito em comum. Por mais distantes geograficamente que eles estejam, você sempre vai notar algo em um país que te lembre outro. Seja na arquitetura, culinária ou no estilo de vida dos seus moradores.

Particularmente, acho que posso colocar Malta numa posição de destaque nessa história de semelhanças entre países. Por ser um dos únicos países europeus, ao lado de Chipre, a ficar boiando no Mediterrâneo, todas as influências presentes ali são uma grande mescla entre a Europa e o Norte da África e isso o diferencia bastante dos colegas de continente. Por sua localização privilegiada, ela já foi invadida e colonizada por tanta gente que a lista nem caberia aqui nesse post. O último país a mandar por ali foi o Reino Unido, até 1964, quando Malta finalmente tornou-se independente.

Ao longo dessa série de posts sobre Malta, vou falar sobre as coisas que vi nas três ilhas que compõem o país. São elas:

  • Malta

Principal ilha do país, onde fica localizada a capital Valletta, o aeroporto e os principais portos. Lá vive a imensa maioria dos pouco mais de 400 mil habitantes do país.

  • Gozo

Com 30 mil habitantes, é a segunda maior ilha, conectada à principal por uma balsa que leva cerca de 20 minutos para fazer o trajeto.

  • Comino

A ilha de Comino é a menor do país, com a incrível população de 4 (sim, QUATRO!) habitantes. Mas juro: tem algo incrível por lá e nos próximos posts você vai saber o que é!

Ao sair do aeroporto e seguir em direção à capital de Malta, é inevitável que a primeira impressão de Malta seja visual. Já a "segunda primeira impressão" é o quão barbeiros são os motoristas de lá, mas isso eu vou falar mais pra frente aqui no blog! No primeiro contato visual rola um pequeno "choque" ao imaginar que, tecnicamente falando, você ainda está na Europa.

Isso porque nada ali parece com a imensa Europa continental, a algumas centenas de quilômetros ao norte. Nada daqueles prédios medievais clássicos e imponentes, nada de castelos dividindo espaço com residências, nada de ruazinhas de pedras.

Malta exala simplicidade por todos os lados. Casas e prédios muito simples, com tijolinhos de cor marrom clara, tão típica dos países do norte da África e do Oriente Médio.

Valletta, Malta

Valletta, Malta

Valletta, Malta

A caminhada por Valletta pode ser tão rápida que você, quase sem perceber, já está em outra cidade. O conceito de cidade na maioria dos países europeus pode ser engraçado pra gente aqui no Brasil, já que somos acostumados com mega capitais e milhões de habitantes.

Muitas das cidades por lá são menores do que bairros por aqui! A começar por Valletta, capital de Malta, que tem cerca de 5 mil habitantes. Isso quer dizer que, geograficamente, o passeio por ela pode levar pouquíssimas horas.

De cara, o que mais chamou a atenção foi a quantidade exorbitante de igrejas - não só lá, mas no país inteiro. É praticamente uma a cada esquina. Segundo o pessoal de lá, são exatamente 365 no país (uma para cada dia do ano?!), um número que impressiona devido ao tamanho de Malta.

Proporcionalmente falando, eles são um dos povos mais católicos do planeta. A devoção deles é tão grande que lá você pode ver mais bandeiras do Vaticano do que do próprio país a tremular nas janelas das casas e alto dos prédios. Confesso que não me lembro de ter visto algo parecido em outros lugares.

Malta

Malta

Obviamente nem tudo são igrejas. As sempre estreitas ruas de Valletta são cheias de simpáticas pracinhas, monumentos, subidas e descidas, algumas até com escadas para facilitar o deslocamento - especialmente porque a quantidade de idosos por lá é bem grande.

Aliás, por conta dessas subidas e descidas, há um elevador que leva turistas e moradores pra cima e pra baixo. Diferentemente de Luxemburgo, onde o elevador público é gratuito, em Valletta ele custa 1 euro por trajeto. Esses altos e baixos podem ser decisivos pra você escolher um lugar pra ficar hospedado. E a melhor maneira de você encontrar hotéis baratos na capital de Malta, é usando o Detecta Hotel. A ferramenta de busca e comparação deles é imbatível, e os caras ainda têm um app pra iPhone e Android que facilita ainda mais a vida dos viajantes. E com o Detecta Hotel você ainda pode conseguir descontos de até 80% no hotel!

Bem ao lado do elevador ficam os Jardins de Barrakka, com sua imensa artilharia de canhões virados pra baía de Valletta. O mais legal é que diariamente os canhões atiram - claro que não balas de verdade! - em direção à baía, fazendo uma atração bem divertida e barulhenta pra quem está passando por ali na hora.

Logo abaixo dos canhões fica o porto onde diariamente atracam gigantescos navios, que fazem cruzeiros pelo Mediterrâneo, e levam os turistas pra passar o dia em Malta antes de seguir viagem até o próximo destino. Eles sempre atraem a atenção de muita gente, que algumas vezes ficam ali sentadas apenas admirando a imponência dos barcos.

Valletta, Malta

Valletta, Malta

Valletta, Malta

Valletta, Malta

Valletta, Malta

Valletta, Malta

Valletta, Malta

Valletta, Malta

A vida noturna, o agito e a badalação não são os pontos forte da capital de Malta; a cidade vizinha de St. Julian's é a responsável por isso na ilha. Mas isso não significa que você não tenha opcões ou que não seja bem tratado ao entrar em algum lugar pra comer ou beber.

Assim como no outros quesitos, a simplicidade também toma conta dos estabelecimentos que, mesmo sem chefs estrelados, fazem uma deliciosa comida que te faz querer ficar lá por mais tempo.

Logo no meu primeiro dia na ilha, saí pra dar uma volta e fazer uma espécie de reconhecimento da vizinhança em que eu estava hospedado. Depois de uma caminhada de uns 20 ou 30 minutos, resolvi entrar numa portinha em que vi uns tiozinhos comendo, bebendo e rindo bastante.

Entrei lá e perguntei ao vovozinho do balcão se ele falava inglês e prontamente fui atendido. Perguntei qual era a especialidade da casa e ele me recomendou o sanduíche de presunto defumado com queijo. Pedi um desse e sentei no balcão.

De repente, reparei que estava começando um jogo do Campeonato Maltês na TV. Foi aí que percebi que ficaria ali por mais tempo que havia imaginado. Fui até a geladeira, peguei uma cerveja local e assisti à partida enquanto comia e bebia.

Durante o jogo, lamentei por ter deixado a minha câmera no quarto do hotel mas, logo depois, vi que não havia o menor motivo pra registrar aquilo num cartão de memória. O jogo terminou 2x1 pra alguém, eu tomei 5 cervejas e aquilo foi suficiente pra rir junto com os tiozinhos que estavam na porta.

Mehrba! (bem vindo, em maltês! :D)

Esse post é resultado da campanha Blog Island Malta, criada e gerida pelo iambassador em conjunto com o Malta Tourism Authority e o apoio da Air Malta. O Viagem Criativa contou com o apoio do Detecta Hotel e mantem o total controle editorial do conteúdo publicado nesse blog.

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comentários

6 Responses

  1. […] leva cerca de 20 ou 30 minutos para ser feito, mas não em Malta. Lembro de ter mencionado no meu primeiro post que uma das minhas primeiras impressões sobre o país foi o quão barbeiros os motoristas de lá […]
  2. […] nenhuma surpresa levar mais de uma hora pra percorrer 16 quilômetros, afinal eu já comentei no post sobre a capital e sobre a Ilha de Gozo que dirigir bem não é uma qualidade que se pode dar aos […]
  3. […] Aliás, assim como Rabat (mesmo nome da capital do Marrocos) na Ilha de Gozo, só reforça a minha impressão inicial da gigante influência árabe por […]
  4. Olá .Vou para Malta e Gozo dia 16 e as seus postes estão a ajudar-me muito a aproveitar todos o 6 dias que lá vou ficar. Obrigada André
  5. olá ana! excelente saber que estamos ajudando, essa é a nossa missão com o blog! :D espero que aproveite malta, é um país incrível e com pessoas fantástica! boa viagem e depois volte para dizer o que achou!
  6. Que incrível!! Eu não sabia nada sobre esse país! Que vontade de visitar!
    • Legal que gostou, Jonathas! Recomendo muito uma visita a Malta. Se tiver a chance de ir, não perca! :D
  7. Bacana!!! Sempre quis visitar Malta. Hoje me empolguei e resolvi procurar mais sobre a ilha. Lugares pequenos e fáceis de andar são os meus preferidos. Um abraço! =)
    • Que legal, Daniel! Eu recomendo muito visitar Malta, passei dias muito divertidos lá. Espero que as dicas do blog te ajudem e quando for pra lá, volte aqui pra nos dizer como foi! :D Abração,
  8. […] um pedreiro descobriu uma necrópole subterrânea na colina acima do Grande Porto de Valletta, Malta. O hipogeu de Hal Saflieni datava de 4000 a 2500 aC. É o único templo subterrâneo […]

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