Na maioria daquelas listas do tipo "10 praias que você deve conhecer antes de morrer" que inundam a internet atualmente (aliás, quem ainda aguenta esse tipo de matéria, hein?), encontrar praias europeias é uma raridade.
Nesse quesito, o pessoal do Velho Continente fica muito atrás do Brasil, das ilhas do Caribe, dos arquipélagos do Pacífico, da Austrália e tantos outros lugares do planeta.
Eu imagino que o principal motivo disso seja o clima, que nem sempre é convidativo para um banho de mar lá na Europa. Em alguns países, o verão dura menos de um mês, e mesmo durante os dias mais quentes, as águas costumam ser congelantes. Além disso, a Europa tem uma quantidade imensa de praias com pedras ao invés de areia, tornando quase impossível uma caminhada à beira-mar como conhecemos por aqui.
Apesar desse oásis de belas praias, ainda dá pra pinçar alguns lugares costeiros bem bonitos no continente europeu.
Durante as minhas pesquisas sobre Malta, antes de chegar lá para participar do Blog Island, vi que teria a chance de conhecer uma dessas belas praias da Europa: a Lagoa Azul.
Situada na Ilha de Comino (a única das ilhas do país que ainda não havia visitado), a Lagoa Azul atrai um grande número de turistas por causa da inacreditável cor da sua água e por ser uma das poucas praias de areia do país, já que a maioria das outras é de pedra e isso dificulta a visita.
Até por causa dessa grande procura entra os turistas, eu resolvi visitar a Lagoa Azul numa segunda-feira. Imaginei que seria mais tranquilo pra conhecer o lugar com menos gente, e acabei acertando na mosca!
Pra chegar até Comino, o caminho é o mesmo que usei pra ir à Ilha de Gozo: o terminal Cirkewwa, no norte da Ilha de Malta. Dessa vez eu peguei um ônibus em Valletta e foi melhor do que ir de táxi, como da outra vez. O tempo levado (uma hora e pouquinho) foi o mesmo, mas gastei umas 20 vezes menos. Sem falar que adoro saber como as pessoas dos lugares em que visito vivem de verdade, ou seja, através do transporte público!
Ao contrário da gigante e barata - 4,60 euros - balsa que leva pra Gozo, o barquinho pra Lagoa Azul é caro - 10 euros - e tem uma segurança meio duvidosa. Não sou especialista em barcos, mas achei que aquela desgraça tava balançando demais nos 20 minutos do trajeto. Pra piorar, não vi colete salva-vidas e o responsável pela segurança - um tiozinho parecido com o Seu Madruga - não parecia ser capaz de salvar nem a ele mesmo, quanto mais aos outros passageiros.
Mas ok, pra minha sorte os problemas ficaram só na minha cabeça e logo nos aproximamos de Comino. A vista de dentro do barco já mostrava o absurdo que é a Lagoa Azul. A cor daquela água impressiona até mesmo quem já visitou as praias mais bonitas do mundo. Um azul fantástico, que brilhava ainda mais quando o sol aparecia - lembre-se que em Malta o tempo muda radicalmente em questão de minutos.
À medida que o nosso assustador barquinho ia se aproximando da ilha, a cor da água ficava ainda mais bonita e já nos preparava pras próximas horas ali em Comino.
O desembarque na ilha foi bem tranquilo, e aí resolvi dar uma caminhada pra saber como era a estrutura por lá. Por receber bastante gente, eu quis saber o que era oferecido aos visitantes.
E achei bem legal o que vi ali. Vários banheiros, inclusive com chuveiro pra tomar banho depois da praia, vários trailers oferecendo comida e bebida - nada muito elaborado, mas perfeito pra um dia de lazer -, aluguel de cadeiras e guarda-sol e lixeiras por toda a parte.
Tudo muito bem feito mesmo, todos podem ficar na Lagoa Azul por várias horas sem problemas de infra-estrutura. Aprovado demais!
Uma coisa que eu achei engraçada é que existe um hotel lá em Comino. Não fez muito sentido pra mim a ideia de ficar hospedado lá, já que tirando a Lagoa Azul não existe absolutamente nada na ilha. Ou seja, pode ser meio monótono ficar hospedado lá, além de trabalhoso, já que pra conhecer todas as outras coisas de Malta você fatalmente teria que pegar os barcos. Mas a melhor maneira de você encontrar hotéis baratos em Comino ou hotéis baratos em Malta, é usando o Detecta Hotel. A ferramenta de busca e comparação deles é imbatível, e os caras ainda têm um app pra iPhone e Android que facilita ainda mais a vida dos viajantes. Só com o Detecta Hotel você pode conseguir descontos de até 80% no hotel!
Depois de conhecer essa parte mais estrutural, fui dar uma caminhada pra ver de perto toda a beleza que eu havia lido e ouvido a respeito.
E aí as palavras acabam até sendo meio inúteis, diante de tamanha beleza.
Além do banho de mar naquela água estonteante, bastante gente vai até lá pra fazer trilhas, tirar fotos e conhecer os mirantes que proporcionam uma visão geral da Lagoa Azul.
Mas evidentemente a que a imensa maioria das pessoas não resiste e acaba pulando sem medo na sempre gelada - mesmo no verão! - água mais azul de Malta.
Uma última recomendação: fique atento aos horários dos barcos que levam de volta pra Ilha de Malta. Como eu fui em abril, durante a primavera, o último horário pra voltar era bem cedo, às 16 horas. Imagino que no verão essa rota seja operada até mais tarde, mas não se esqueça de perguntar. Ficar preso ali em Comino por uma noite não me parece ser exatamente a melhor opção! :D
Enfim, vou deixar algumas imagens pra ilustrar a parte mais bonita da Lagoa Azul, e espero que vocês entendam porque as palavras valem tão pouco perto dessas fotos!
Esse post é resultado da campanha Blog Island Malta, criada e gerida pelo iambassador em conjunto com o Malta Tourism Authority e o apoio da Air Malta. O Viagem Criativa contou com o apoio do Detecta Hotel e mantém o total controle editorial do conteúdo publicado nesse blog.
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